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O setor de saúde suplementar representa todos os serviços realizados por operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde. Por serem particulares, constituem um suplemento ao Sistema Único de Saúde, o SUS, e não possuem vínculo com o serviço prestado pelo setor público. O setor é regulamentado e fiscalizado pelo governo federal por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, que é parte do Ministério da Saúde.
De acordo com a Constituição Federal promulgada em 1988, o direito à saúde no Brasil é promovido pelo SUS, que deve garantir atendimento médico e hospitalar à população, zelando pelo seu bem-estar. Entretanto, devido aos desafios envolvidos no atendimento e gestão dos recursos da saúde, envolvendo as 3 esferas governamentais (federal, estadual e municipal), bem como o tamanho da população brasileira, o SUS não abrange todas as necessidades de saúde. E a saúde suplementar vem de forma a complementar os serviços oferecidos pelo sistema público.
Apesar do SUS ter sua criação na forma atual em 1988, o sistema de Saúde Suplementar no Brasil remonta à década de 60, quando empresas privadas buscam oferecer planos de assistência médica a seus funcionários. Entretanto, a regulamentação do setor foi realizada apenas em 1998, com o estabelecimento da ANS (que teve sua implementação em 2000) e a criação de regulamentações para esse segmento do mercado.
Segundo dados da ANS, a quantidade de beneficiários do setor de saúde suplementar cresceu 2,77% em 2021, com mais de 48 milhões de pessoas.
Quais os principais desafios que o setor de saúde suplementar enfrenta hoje?
O setor de saúde suplementar enfrenta hoje vários desafios específicos, em especial em relação aos custos dos serviços prestados. A frequente inclusão de novos procedimentos e tecnologias com alto valor agregado aumentam consideravelmente os custos de um tratamento de saúde. Entretanto, nem sempre esses procedimentos são necessários, uma vez que existem alternativas terapêuticas mais baratas e eficazes disponíveis. Com tais procedimentos sendo realizados de forma inadequada, e muitas vezes desnecessária, os custos globais do setor aumentam, e essa despesa é arcada pelas operadoras e repassada a seus clientes.
Um exemplo é o uso frequente de serviços de urgência, como os pronto-socorros. Como esses serviços demandam atendimento 24 horas, os custos de manutenção são maiores, uma vez que há necessidade de recursos humanos disponível o tempo todo. Além disso, esses atendimentos resultam em dupla utilização do benefício, já que o atendimento na unidade tem como foco a retirada do paciente da situação de urgência, com tratamento pontual nos sintomas apresentados, não possuindo a mesmo cuidado que terá o atendimento de um especialista, que efetivamente acompanhará o paciente. Esses custos aumentam a sinistralidade do contrato, o que poderá impactar em percentuais de reajuste do valor mais elevado.
Outro problema crescente é o aumento da incidência de fraudes na cadeia de serviços de saúde pública e privada, em vários níveis: desde clínicas, hospitais, profissionais da saúde e mesmo beneficiários. As ações fraudulentas oneram consideravelmente as operadoras de saúde, já que acabam pagando por procedimentos que não deveriam ou mesmo que não foram realizados, indo além da realização de procedimentos desnecessários.
Muitas vezes, os beneficiários são coniventes com o mau uso de planos de saúde. Ações como o empréstimo de cartões de usuário ou o uso de um recurso com a prestação de serviço de outro de valor diferente, como no caso de reembolsos, impactam diretamente no custo para a operadora. Em última instância, o maior prejudicado será o próprio usuário, que verá os custos de seu contrato aumentarem até seu limite de pagamento, resultando na necessidade de troca de plano por outro com menor cobertura, ou mesmo inviabilizando a manutenção do benefício.
Os desafios associados à atuar junto à pequenas e grandes operadoras do setor de saúde suplementar
Para poder avaliar os desafios associados ao setor de saúde suplementar, é importante considerar diferentes aspectos. Além da qualidade do plano e do mercado de cada operadora de plano de saúde, também é preciso observar o mercado da perspectiva da penetração de cada uma. Ou seja, saber como é o mercado de uma maneira mais direta, da perspectiva de vendas. Isso significa verificar as oportunidades, custos e formas de trabalho que são realizados ao se associar a diferentes operadoras para realizar a venda. Isso varia consideravelmente de acordo com o tamanho da operadora.
Pequenas e Médias Empresas (PMEs) do mercado de saúde suplementar apresentam grandes oportunidades de expansão, uma vez que possuem baixa penetração no mercado. Entretanto, há grandes custos associados, e para empresas menores que possuem pequeno capital de giro, e o custo mensal pode ser inviável.
Já empresas grandes possuem como oportunidade a grande disponibilidade de produtos e uma posição consolidada no mercado, o que vem de encontro a um mercado em expansão. Entretanto, o grande desafio é a concorrência. Como essas operadoras de planos de saúde possuem grande representatividade e possibilidade de ganhos, há muitos corretores que trabalham com elas. Assim sendo, há maiores dificuldades em explorar as oportunidades oferecidas por representar essas operadoras.
Quais as oportunidades do setor de saúde suplementar?
As oportunidades do setor foram potencializadas após a pandemia, uma vez que ela ampliou debates sobre a transformação digital do setor. A telemedicina, que já era uma tendência em expansão, teve crescimento exponencial durante a pandemia, uma vez que cumpre um papel de acessibilidade. Se utilizado de forma racional, garante uma excelente oportunidade para o setor, uma vez que ela otimiza a operação, reduzindo a necessidade dos pacientes de recorrerem ao atendimento presencial, caracterizando um uso mais racional do sistema de saúde.
Mais uma transformação acelerada pela pandemia foi a digitalização da saúde. Essa inovação permite processos mais ágeis e eficazes, além de aumentar a segurança de dados, fator cada vez mais relevante no ambiente digital. Essa maior celeridade dos processos digitais permite maior qualidade do serviço prestado, garantindo o atendimento ao paciente e um uso racional dos planos de saúde.
Por fim, há discussões importantes de melhoria das práticas no setor de saúde suplementar. A gestão de riscos financeiros passou a ser uma importante ferramenta regulatória. Houve uma alteração temporária de margens de solvência em 2020 devido à pandemia, que será expirada ao final de 2022. A partir de 2023, é esperado que essa mudança traga reflexos no compliance e governança das operadoras, o que poderá ser bastante relevante para o setor.
Conclusão
O setor de saúde suplementar tem a atuação dos corretores com papel essencial no desenvolvimento do mercado, uma vez que são aqueles que realizam toda a intermediação da contratação dos serviços entre as operadoras e os beneficiários.
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