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Muitas pessoas encontram dificuldades na hora de fazer algum gesto solidário. Ter dúvidas para conseguir doar sangue para bancos que realmente precisam reabastecer seus estoques ou achar um ponto de coleta que busca seu tipo sanguíneo é bastante comum.
Agora esse caminho ficou muito mais simples graças a uma força tecnológica. Em razão do Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, o Instituto Colabore, em parceria com a Samsung e apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), lança o aplicativo “Heroes”.
O Web App, que pode ser acessado em computadores e também por navegadores em dispositivos móveis (smartphones e tablets) pelo endereço www.heroesbrasil.com.br, conecta o doador aos pontos de coleta de sangue e hospitais que precisam de ajuda. Para transformá-lo em um aplicativo fixo, basta criar um atalho da página na tela inicial do aparelho.
Com ele, os usuários encontram todos os hemocentros do País, que hoje soma por volta de 400 unidades. Eles terão informações de onde doar, orientações para o procedimento e um cadastro que facilita encontrar pontos mais necessitados de sangue em sua região.
Gestores do Ministério da Saúde ou das secretarias de saúde estaduais e municipais podem consultar uma página na internet na qual é possível gerar relatórios e ter contato direto com a equipe responsável pelo projeto. Os administradores do Heroes, com acesso à realidade de todo o Brasil, têm a possibilidade de gerar campanhas e convocar doares de acordo com o tipo sanguíneo.
O projeto foi idealizado por Manoel Neto, diretor executivo do Instituto Colabore e conselheiro curador da Fundação Pró-Sangue. Ele, como boa parte da população, viu a necessidade de doar bater à sua porta.
“A ideia surgiu quando um membro da minha família precisou passar por uma cirurgia em outra cidade e o médico disse que seriam necessários 50 doadores para que o procedimento fosse realizado. Após esse apuro, pensei o quão útil seria uma ferramenta capaz de engajar doadores de sangue e, com isso, salvar vidas”, conta Neto.
A realidade pela qual o executivo teve de encarar é algo comum. “Além das campanhas, que muitas vezes levam a estrutura de hemocentros para escolas, empresas e pontos públicos, a maior mobilização ocorre quando acontece um caso na família ou dentro do nosso círculo social, o que nos motiva a ajudar”, explica o medico assistente Rodrigo Altenfelder, da Santa Casa de São Paulo.
Com um elevado déficit de doações de sangue, hoje é coletado no Brasil apenas 1,8% da quantidade de habitantes residentes no País. O percentual está longe do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima como meta ideal ter 5% da população doando sangue ao menos uma vez ao ano. O número também é bem abaixo dos 3,5% de doares por nação, estimativa mínima para um banco de sangue saudável.
Por Marcos Ferreira / IAE Brasil
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