As fraudes e golpes virtuais não param. Em tempos de pandemia, eles aumentam! Quando um tema preocupante toma conta dos noticiários, infelizmente, é comum que criminosos usem aquele assunto para chamar a atenção das pessoas e cometer novos golpes. Com o novo coronavírus não está sendo diferente. Na Itália, por exemplo, um ataque de spam massivo via e-mail foi identificado, contendo um documento que dizia trazer dados importantes sobre o surto. Na verdade, era um arquivo malicioso.

Os crimes mais comuns são correntes de WhatsApp, e-mails com notícias falsas e links feitos para roubar dados sigilosos e cometer outros danos ao usuário. Entre os golpes associados ao novo coronavírus, estão os links falsos que pedem um cadastro e prometem acesso a máscara, álcool-gel e exames em domicílio para detecção do covid-19.

Há casos em que o golpe é aplicado por meio de um aplicativo falso. Os aplicativos são criados com base em informações da Organização Mundial da Saúde. Por isso são muito convincentes, e disponibilizados em lojas de aplicativos. Ao baixar um aplicativo, geralmente, algumas permissões são solicitadas ao usuário. Quando este faz as liberações, expõe seus dados aos criminosos.

Em um dos golpes, são solicitados os números do cartão de crédito do usuário para realizar um exame de detecção do coronavírus. Em outro tipo de fraude, a vítima clica em um mapa da doença no mundo e tem seu celular bloqueado. Depois, o golpista pede dinheiro para desbloquear.

Golpes virtuais durante a pandemia de coronavírus

 A PSafe, empresa de segurança digital, divulgou uma pesquisa que diz que cerca de 2 milhões de brasileiros foram atingidos com enganações virtuais no período entre 13 e 20 de março. Nestes dias, foram identificados 19 golpes e 6 aplicativos maliciosos distribuídos em massa com falsas promessas de benefícios durante este período em que a população se encontra em quarentena.

A Ambev, por exemplo, passou por uma situação complicada, pois o nome da empresa foi usado para um disparo massivo com um link que prometia álcool-gel mediante o preenchimento de um cadastro. O usuário, ao clicar, caía em uma página falsa que roubava informações. Os criminosos aproveitaram-se da notícia verdadeira de que a Ambev fabricou, sim, álcool-gel, porém para doar a hospitais. Por isso, muitas vezes, a divulgação falsa parece verdadeira.

Além das promessas de álcool-gel e máscaras, há golpes que oferecem assinaturas grátis em alguns serviços de streaming e até mesmo subsídio extra para cadastrados no Bolsa Família.

Falsários divulgaram também um falso número de telefone do hospital Albert Einstein em grupos de WhatsApp e sites da web. A oferta era realizar exames de detecção do Covid-19 em casa. Com os dados residenciais das pessoas, os bandidos tentavam assaltá-los. Por isso, o hospital precisou suspender uma facilidade ao paciente: os agendamentos pelo aplicativo.

Aproveitando-se da tensão e até mesmo pânico da população os criminosos usam as maiores necessidades, desejos ou medos das pessoas para fazer com que elas cliquem rápido nos links ou baixem os arquivos.

Como se proteger de golpes

Algumas dicas simples podem te ajudar a se proteger dos golpes. Leia e compartilhe com seus amigos e familiares

• Não clique em links de e-mails que você não solicitou. Se não vem de fonte confiável, não clique;
• Na dúvida, faça sua própria pesquisa sobre o tema em fontes confiáveis;
• Não se deixe enganar pelo nome do remetente. O golpista é muito convincente e pode usar o nome “Organização Mundial da Saúde” ou outros órgãos, por exemplo;
• Verifique a URL do site. Se o site que você está sendo direcionado não parece ser o correto, não clique;
• Nunca coloque seus dados em um site desconhecido;
• Se perceber sua senha está vulnerável (se você compartilhou com alguém, por exemplo), altere-a o quanto antes;
• Não use a mesma senha em mais de um site.

Entenda um pouco mais sobre os crimes virtuais para ficar ligado!

Veja os conceitos que envolvem os golpes e fraudes virtuais e proteja-se:

 Golpes

• Um engenheiro social finge ser outra pessoa até conseguir informações para, possivelmente, aplicar um golpe.
• Desconfie de e-mails e telefonemas em que são solicitados dados sobre você. Cuidado com os papéis, documentos e cartões que você joga no lixo.

 Smartphone

• O smartphone é um dispositivo muito suscetível à invasão e a furtos de informação.
• Evite visualizar informações confidenciais em seu smartphone em público (locais lotados, por exemplo). Crie uma senha forte.
• Evite utilizar wi-fi aberto ou acessar informações confidenciais nessas conexões. Se seu aparelho for furtado ou perdido, bloqueie imediatamente.

 Mídias sociais

• Com as fotos, informações e hábitos que você expõe nas redes sociais, os engenheiros sociais conseguem fazer a festa.
• Conecte-se apenas pessoas que você conhece. No campo de Configurações, ajuste a privacidade de suas postagens. Utilize senhas fortes.

 Phishing

• É um tipo de golpe virtual muito comum para conseguir informações confidenciais das pessoas como nomes de usuário, senhas, números de cartões de crédito e, até mesmo, dinheiro. Os golpistas usam nomes de empresas e entidades confiáveis para forjar promoções ou campanhas de doação, por exemplo.

 Senhas fortes

• São aquelas que misturam letras, números e caracteres especiais. Não vá colocar a data de aniversário ou “123456”, hein!

 Sinais de armadilha

• É bom demais para ser verdade? Desconfie!
• Bancos e órgãos do governo enviando e-mails solicitando dados? É golpe!
• E-mail de remetente desconhecido e não solicitado por você? Não abra!
• Software pirata? O barato sai caro. Você pode ter seus dados roubados ou ganhar um vírus. Use software legal.