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Superação e reinvenção são as palavras-chave para os negócios neste momento.
Não é diferente com as corretoras de seguro. Após a disseminação da Covid-19 pelo Brasil e a paralisação das atividades presenciais, estamos vivenciando uma retomada gradual das atividades comerciais e também da economia. Mas os últimos meses nos fizeram refletir sobre as diversas transformações no setor.
Empresas e profissionais de corretagem precisaram se reinventar para enfrentar desafios e encontrar soluções para atender às demandas dos clientes durante a pandemia. De forma geral, o mercado de seguros se saiu bem e está se mantendo firme até o momento. Mas, independentemente das incertezas futuras, a lição que já ficou até aqui é que a necessidade de comprometimento com a inovação e qualificação.
Os desafios enfrentados pelo setor
As incertezas e o aumento da urgência provenientes da pandemia fizeram o setor antecipar planos que estariam anos à frente para já. As ações para manter a competitividade e a relevância no mercado se intensificaram e a necessidade de se adaptar à demanda e realidade dos clientes foi enorme.
O novo cenário, que já não é mais tão novo assim, fez com que as corretoras de seguro reavaliassem seus processos e formas de trabalhar. O principal desafio, sem dúvida, foi a inevitável obrigação de abraçar o mundo digital para se manter vivo, campo até então pouco explorado por esse mercado.
Em um bate-papo promovido pelo Centro de Qualificação do Corretor de Seguros (CQCS) em julho deste ano, José Luis Ferreira da Silva, diretor Geral da GC do Brasil, avaliou essa transição. “O mundo digital não é inimigo do corretor. É preciso usar as ferramentas que as seguradoras disponibilizam e mostrar tudo o que o setor pode oferecer para uma sociedade mais vulnerável”, salientou.
Veja quais foram os principais desafios:
- Oferecer soluções completas: durante a pandemia foi expressiva a queda dos seguros de viagem. Em contrapartida aumentou a aquisição de seguros de saúde, financeiro, empresarial e aposentadoria privada. Corretoras especializadas em apenas um produto sentiram dificuldades em se manter competitivas no mercado.
- Otimizar o modelo de vendas: trocar as visitas presenciais pelo home office não foi fácil para nenhum segmento que requer contato e uma boa conversa. Mas foi importante se adaptar pois o consumidor também mudou, e aprender o caminho para explorar as outras oportunidades que o mundo digital pode oferecer.
- Utilizar os canais digitais: ainda falando sobre o digital, a digitalização dos processos abriu uma janela de oportunidades dentro do marketing digital. Ao mesmo tempo trouxe algumas dificuldades para lidar com a comunicação em multicanais.
- Necessidade de adaptar a comercialização de produtos: o momento exigiu a adaptação e até mesmo a criação de novos produtos e serviços.
Num futuro próximo, estas medidas vão tornar os agentes mais competitivos, fazendo com que seja necessário investir em diferenciais para crescer e se destacar.
Redesenhando o futuro e as oportunidades
As dificuldades e desafios enfrentados na crise durante a pandemia se tornam oportunidades para o futuro. Neste “novo normal” em uma sociedade pós pandemia, o mercado de corretora de seguros sairá mais fortalecido. Entretanto não se pode esquecer tudo que foi conquistado e aprendido durante esses meses de crise e incertezas.
Daqui para frente o mundo será cada vez mais digital e continuar negando isso, agora que o atendimento presencial voltou ao normal, é dar um passo atrás e deixar a concorrência anos luz à frente.
Também não há mais espaços para burocracias, lentidão e impessoalidade. O cliente quer atendimento ágil, porém com abordagem humana e cheia de empatia. Esse fator é uma das chaves de sucesso para atrair novos clientes e fidelizar os antigos. A digitalização não deve ser desculpa para um atendimento ruim.
Olhando para frente, o foco deve ser em operações e negócios. E é provável que essa situação resulte em novas oportunidades e reafirme mudanças que já estão acontecendo:
Trabalho remoto
Será mais disseminado em todo o mercado de trabalho. Para as seguradoras apostar em mais conectividade, ferramentas de colaboração e protocolos virtuais é sinônimo de ganho de tempo e prospecção. Além de ser uma boa forma de economia.
Integração de plataformas para ter sistemas e processos digitalizados
Automação, armazenamento em nuvem e uso da robótica e de Inteligência Artificial (IA), com atendimento por chatbots, serão padrão para as seguradoras. Essa já é uma realidade para muitos setores do mercado tendo em vista a necessidade de estar presente em diversas plataformas digitais para comunicação, publicidade e interação.
Novo conceito de gerenciamento de exposição
Entender melhor o cenário pode auxiliar a progressão e planejamento de quais sinistros serão recebidos. As simulações de capacidade serão realizadas à medida que a eficiência no uso de recursos for alcançada. Assim as seguradoras terão oportunidades de mudar para modelos mais ágeis.
Estar abertos a oportunidades
Mais do que nunca é necessário identificar e encarar as oportunidades que o mercado propicia. Ainda há corretores que optaram por vender única e exclusivamente um ou dois produtos de seguros, porém o segmento de seguros é muito amplo e precisa ser mais explorado pelos profissionais. E isso foi uma das coisas positivas que a pandemia trouxe para o setor.
Também no bate-papo promovido pelo CQCS, Josusmar de Sousa, CEO da Mister Liber Seguros e membro do Top Of The Table MDRT, destacou que o momento pediu para que se deixasse as carteiras de Auto e Ramos Elementares um pouco de lado para investir nos seguros de vida. Nesse contexto ele lembrou que “até as seguradoras que tinham foco direcionado para o ramo auto passaram a investir na carteira de vida”. Salientou que 135 milhões de brasileiros não têm seguro de vida e os que têm, em grande parte, contrataram o produto em bancos, com valores insuficientes para proteger as famílias dos segurados. Ou seja, as oportunidades existem, basta ter conhecimento, olhar inovador e malicia de saber identificá-las e principalmente, usá-las a favor.
Produtos mais customizados
Esse é um ponto que completa o anterior. Um cliente que procura uma corretora para fazer um seguro de vida, por exemplo, muitas vezes possui um carro, mora em residência própria, tem um pet e outras demandas que precisam de um corretor para supri-las. Por isso, os modelos de corretagem e distribuição podem ser revistos para se tornarem mais flexíveis, adaptando-se às necessidades de cada cliente.
Conclusão sobre o mercado de seguros e o cenário que se desenha
Acompanhar a evolução digital é o caminho para oferecer mais agilidade nos processos e na comunicação. Mas não podemos deixar de lado o conhecimento. Quanto mais amplo for o entendimento sobre os produtos que comercializa e o mercado, mais o corretor terá aptidão para inovação e adaptação.
Além de acompanhar a evolução digital, o corretor também precisa consumir e realmente entender a importância do que está vendendo, criando um laço de confiança com o seu cliente. Um profissional que tenha amplo conhecimento do meio em que atua e tenha um olhar inovador se adapta melhor aos produtos e serviços das seguradoras em situações adversas.
Juntos, todos esses desafios e oportunidades fortalecem o setor e os profissionais, tornando-os mais resilientes e competitivos.