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Corroborando as expectativas de especialistas do setor, o mercado de seguros segue na contramão da crise e do movimento de outros setores, que infelizmente desaqueceram. Há vários argumentos que justificam o bom desempenho deste mercado, e o principal deles é que o setor de seguros no Brasil ainda possui espaço para crescimento, mesmo com o travamento da renda familiar.
Em maio deste ano a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) registrou uma alta de 22,4% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. Em janeiro, fevereiro e março deste ano, as receitas com vendas de seguros ficaram na casa dos R$42,5 bilhões, enquanto que em 2014, foram R$34,7 bilhões.
Segundo entrevista divulgada no site G1, o superintendente da Susep Roberto Westenberger afirmou que o brasileiro, com o aumento da renda, passou a se preocupar mais com a prevenção do seu patrimônio e com a formação de poupança. Para ele, esta é uma das explicações sobre o bom desempenho do VGBL, produto que obteve crescimento de 49,7% no primeiro trimestre deste ano, com R$ 18,4 bilhões em receitas.
A CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) também fez previsões positivas para o setor. Segundo a instituição, a arrecadação atingirá R$ 364,81 bilhões em 2015, obtendo crescimento de 12,4% em relação à receita registrada de R$ 324,57, em 2014. De acordo com o presidente da CNseg e da Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi, em entrevista veiculada no site Brasil Econômico, 2015 terá o mercado de seguros no topo das áreas em crescimento na economia brasileira.
“Este ano será tão desafiador ou mais que o ano passado, mas existe uma demanda em relação aos nossos produtos que ainda não foi preenchida. Em 2015, temos o desafio de faturar essas oportunidades para superar a conjuntura economicamente complexa”, explicou.
Segundo o superintendente da CNseg, Alexandre Leal, em matéria divulgada no site da Exame, em junho de 2015, há desafios para o setor que não estão completamente blindados em relação à crise. Segundo ele, as empresas que comercializam seguros precisam entrar na era digital.
“O mercado tem demonstrado grande resiliência aos ciclos recentes e tem crescido mais do que a economia. Não somos totalmente blindados. O aumento de renda disponível e a inflação controlada ajudaram com esse crescimento e suplantar crises. Não acreditamos que a situação vai piorar, mas o segmento pode sofrer um pouquinho se piorar. Não somos uma ilha”, afirmou Leal na entrevista.
Conforme levantamento da KPMG, o setor de seguros no Brasil deve crescer 50% nos próximos cinco anos. A pesquisa “O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos” mostra um levantamento realizado com 38 dos principais executivos do setor país e que representam mais de 60% do mercado em termos de prêmios.
Planos de saúde para mais pessoas
A mesma matéria do site Brasil Econômico traz uma análise sobre a pesquisa da companhia internacional Swiss Re, que diz que os planos de saúde em países emergentes poderão ter mais valor agregado. Segundo o estudo, os prêmios de planos de saúde privados deverão dobrar até 2020.
Isso ocorre porque com o aumento de renda a população tende a sair da saúde pública e a gastar mais com a assistência médica. O valor dos prêmios de planos de saúde teve crescimento anual real de cerca de 11,2%, no período de 2003 a 2013. A seguradora prevê aumento médio de 9,6% ao ano até 2020.
Com mais educação financeira, o brasileiro tende a proteger-se mais.
A fim de dar mais força ao mercado, a CNSeg possui iniciativas de disseminação da educação financeira pelo país. A estratégia vai de encontro a uma tendência que se fortaleceu com o aumento de renda da população. Com mais renda, a população tende a preocupar-se mais em proteger aquilo que conquistou e também tem mais segurança em buscar informações e gastar parte dos rendimentos com seguros.
A estratégia da CNSeg é levar palestras e informações a todo o Brasil orientando a população quanto à contratação de seguros e planejamento familiar.
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