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Uma das funções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é determinar o percentual máximo do reajuste dos planos de saúde. Todos os anos a ANS analisa dados como o índice de sinistralidade e a Variação de Custos Médico-hospitalares (VCMH) para estabelecer se as mensalidades dos convênios/seguros saúde deverão aumentar ou diminuir.
Para 2022 é esperado que o reajuste dos planos de saúde individuais e familiares atinja o valor recorde, podendo superar 15%, de acordo com relatório emitido pelo banco BTG Pactual. Esse aumento é uma consequência da pandemia do coronavírus, que contribuiu para internações mais frequentes e mais longas, e também a inflação médica (suprimentos e serviços médicos).
É importante ressaltar que existem três tipos de reajustes, um para cada tipo de contratação. Dessa forma, o reajuste de planos individuais e familiares são determinados exclusivamente pela ANS. Já o reajuste de planos coletivos por adesão é definido pelas administradoras, que analisam o pool de empresas contratantes. Por fim, o reajuste de planos empresariais é estipulado através de negociações entre a operadora e a empresa cliente, geralmente intermediado pelas corretoras de benefícios.
Abordaremos neste artigo apenas o terceiro tipo, bem como algumas estratégias para otimizar a gestão da sua corretora e se sair bem nas negociações dos reajustes, mediando um bom acordo entre empresas e operadoras de planos se saúde.
Novas oportunidades e desafios
Como o reajuste dos planos de saúde compreende todas as operadoras do país, o ano de 2022 está sendo e será um período de alta competitividade e novas oportunidades.
Afinal, o aumento das mensalidades leva os beneficiários a reconsiderar os seus planos de saúde e suas corretoras, portanto, é normal que sua corretora receba clientes de outras operadoras pensando em trocar de fornecedor, gerando novas oportunidades.
Esta revisão anual das oportunidades de mercado é comum em empresas de médio e grande porte, devido ao número de funcionários, podendo o reajuste dos planos de saúde, aumentar consideravelmente as despesas com pessoas. Portanto, é muito provável que a empresa busque refazer propostas e utilize seu grande poder de barganha que é a quantidade de beneficiários envolvidos.
Sendo assim, mais do que nunca é momento de investir em bons atendimentos para conquistar novos clientes e reter os atuais!
Utilizando os dados para fazer as renegociações no reajuste dos planos de saúde
O gerenciamento de dados relacionados à gestão de planos de saúde é uma estratégia muito valiosa para a tomada de decisões, elaboração de propostas e, principalmente, renegociações.
Uma das funções da análise de dados é poder detalhar os motivos do aumento para os seus clientes. Com a ajuda de atuários, explique como é calculado o reajuste dos planos de saúde e descreva o cenário atual provocado tanto pela pandemia do coronavírus quanto a elevação da inflação médica.
Além das informações sobre o reajuste, é muito importante utilizar dados de mercado para enriquecer a análise. A transparência é essencial para manter um bom relacionamento com os seus clientes, por isso, avaliem em conjunto, os principais indicadores do contrato, como a quantidade de beneficiários, os modelos de planos, abrangência geográfica e distribuição populacional da base de ativos e afastados.
Os dados também cumprem um papel essencial em negociações de planos de saúde para empresas. Afinal, será possível fazer uma avaliação detalhada dos serviços contratados junto à operadora e, eventuais necessidades de adequações devido à mudança de cenário do cliente.
O que esperar do próximo Reajuste dos planos de saúde ?
Grande parte das decisões administrativas em uma operadora de planos de saúde são de médio a longo prazo, afinal, a conclusão de uma venda é apenas o começo da sua relação com o cliente. Por isso, uma forma de reduzir gastos futuros é estabelecer uma estratégia de gestão de custo que já considere o reajuste dos planos de saúde do ano seguinte.
Sua corretora pode exercer papel relevante junto aos gestores de RH, munindo-os com informações e ações para conscientizar os seus beneficiários sobre o uso adequado de serviços médicos. Para isso, incentive-os a darem atenção às medidas de prevenção de doenças, como realizar consultas e exames periódicos em beneficiários com patologias crônicas. Além de melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, poderá reduzir possíveis despesas adicionais com cirurgias e internações, contribuindo para manutenção de melhores índices de sinistralidade, tanto para o cliente quanto para a operadora.
Busque elaborar campanhas e treinamentos em conjunto com o setor de RH que possam incentivar os funcionários a valorizarem mais a sua saúde, além de realizarem exames preventivos, cuidar da alimentação e estilo de vida.
Tem como controlar a sinistralidade?
O índice de sinistralidade é medido pela frequência e valor dos serviços disponibilizados pelos planos de saúde. Dessa forma, se o plano é acionado mais vezes do que o previsto, a utilização tiver algum tipo de fraude ou o beneficiário interrompe o tratamento com frequência, tendo que repetir muitos exames ao retomar, isso pode causar grandes prejuízos para a operadora. Por isso, é fundamental elaborar mecanismos de regulação e incentivos ao uso consciente dos serviços médicos.
Há diversos mecanismos que podem ser usados para regular a sinistralidade, e uma das medidas que podem gerar grande impacto é exatamente o monitoramento mensal das utilizações aliado à criação de planos de promoção de saúde. A ideia é estudar detalhadamente os clientes e entender as necessidades de cada caso, considerando pessoas que sofrem de doenças crônicas ou que precisam de atendimentos especiais, como é o caso das gestantes e hipertensos. Isso proporciona melhor qualidade no tratamento, pois pode-se criar modelos de planos específicos. E também resulta em melhor administração dos recursos oferecidos.
É importante observar que a estratégia de coparticipação, geralmente utilizada em planos empresariais, nem sempre será uma medida vantajosa. Nesse caso, a mensalidade é paga total ou parcialmente pela empresa, sendo que o funcionário é responsável por uma porcentagem do valor toda vez que precisar de algum serviço. Para empregados que possuem doenças crônicas e que, portanto, precisam ir frequentemente ao médico, essa modalidade pode ser muito dispendiosa e eles evitarão a quantidade de exames e consultas preventivas, podendo agravar seu quadro clínico, e gerar alguma complicação pela falta de continuidade do tratamento. O agravamento da doença do colaborador por falta de acompanhamento periódico tornarão os procedimentos mais onerosos para a operadora do que os exames e consultas de rotina.
Se você quiser aprender mais sobre o reajuste dos planos de saúde, assista à nossa live sobre o tema, que conta com a presença de dois especialistas do ramo: Luiz Feitosa, fundador da Arquitetos da Saúde, e João Batista, gestor e desenvolvedor da MetaInfo.
Vale lembrar que a Moltrio realiza regularmente lives sobre diversos assuntos relevantes para a atividade de corretagem de seguros. Portanto, fique ligado no nosso canal no YouTube para não perder dicas e estratégias valiosas!