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A segunda edição do Estudo Socioeconômico das Empresas Corretoras de Seguros (Esecs), organizado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada e das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), é o resultado de coleta de informações com 1954 empresas de todo o Brasil para traçar um perfil das corretoras brasileiras, suas expectativas de crescimento para o futuro e também suas principais ferramentas de trabalho no dia-a-dia, como o uso de tecnologia e redes sociais.
Para o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, as informações obtidas favorecerão a análise de medidas em defesa do setor que concentra 30 mil empresas em todo o Brasil. “Estamos falando de quase 140 mil empregos em todo o país e da base dos negócios, de quem capta o cliente. O Esecs possibilita a visão da estrutura de trabalho do mercado, que é responsável por 4% do PIB Nacional e cresceu 4,6% no primeiro semestre de 2015, comparado a igual período de 2014, com faturamento de R$ 47,5 bilhões”, comenta.
A pesquisa da Fenacor apurou que 85% das corretoras de seguro do país aproveitaram a mudança na lei e aderiram ao Supersimples. A alteração foi tão vantajosa que 44% dos ouvidos pagarão suas despesas fixas apenas com a economia gerada pela adesão ao novo regime tributário.
As corretoras de seguros puderam aderir ao Supersimples a partir de janeiro de 2015. Desde então, a economia média mensal, que varia de acordo com o faturamento e a cidade da empresa, tem sido em média de 8% sobre o valor dos impostos totais pagos. Há casos de cargas tributárias reduzidas de 17% para 6,21%.
Quando questionados sobre suas expectativas em relação do futuro, as corretoras do Centro-oeste do país estão mais otimistas. Enquanto a média nacional de expectativa de crescimento acima de 30% está em 16%, no Centro-oeste o número chega a 23%. Enquanto isso, 25% das empresas do Sudeste acreditam em crescimento menores de 10%.
Além disso, 35% das corretoras do país faturam entre R$ 15 mil e R$ 60 mil mensais. Sendo que, 22% da receita total do setor está concentrada na faixa de faturamento até R$ 60 mil mensais. Este número, somado ao das empresas que ganham até R$ 120 mil, concentrada 48% do faturamento.
Segundo o Esecs, uma corretora típica tem, em média, quatro funcionários, o que corresponde a 66% das entrevistadas. A equipe é composta por familiares no apoio e um corretor credenciado.
Quando o questionamento diz respeito a participação das carteiras, o seguro de automóvel responde por 57% da receita. Em corretoras menores (até R$ 15 mi mensais), este número chega a 70%. Com a quedas sucessivas nas vendas de carros novos, este é um número de alarmante, que demonstra a necessidade do setor em negociar novos produtos. Na sequência da carteira de produtos, estão os chamados ramos elementares (residencial, empresas, etc) 15%; Vida 11%; e Saúde 8%.
O cliente que já faz parte da carteira da empresa é a chave da estratégia de crescimento. 78% das corretoras acreditam que o sucesso está na venda de produtos diferenciados para quem já faz negócios com a empresa. Ampliar a carteira de clientes também é citada por 71%; assim como investir na qualificação da equipe 62%.
De acordo com o levantamento, 55% das empresas tem uma página no Facebook e fazem uso de redes sociais como ferramentas de marketing, comunicação e negócios. Estas ações são opções de baixo custo de manutenção e alto poder de interação com a carteira de clientes. Quanto a ferramentas de vendas online, as empresas ainda são tradicionais. Apenas 35% têm este tipo de canal. Esta característica se explica no fato de que o consumidor de seguros também resiste a vendas online, optando pelo contato pessoal com o corretor. As corretoras assumem ações de sustentabilidade. No estudo, 82% delas disseram digitalizar seus documentos. Esta ação também é diferencial para a redução de custos fixos.
Fonte: http://www.monitormercantil.com.br, 21/10/2015